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Descrição

INSPIRAR. EXPIRAR. FOTOGRAFAR, foi o título escolhido pelo fotógrafo Augusto Alves da Silva para designar o projeto de fotografia, agora transformado em livro.

Durante o ano de 2020, tendo por contexto a primeira vaga de pandemia de Covid-19, e ao longo de cinco meses, o autor acompanhou e fotografou o projeto de ventilador “Atena”, desenvolvido pelo centro de engenharia CEiiA (centro de excelência para a inovação da indústria automóvel), que se adaptou, tal como outros centros de investigação e universidades, para criar parcerias e soluções que pudessem contribuir para o combate à pandemia.

Perante a batalha e o desafio que o mundo enfrentava e enfrenta ainda, o ventilador foi batizado com o nome “Atena”, que é, na mitologia grega, a deusa da guerra, da justiça, da estratégia, das artes e da habilidade.

O projeto “Atena” propôs-se dar resposta à necessidade de equipamento de ventilação nos hospitais portugueses, uma vez que este, essencial para o tratamento em quadros clínicos mais delicados de infeção de Covid-19, era um bem escasso no mundo inteiro.

Tal como acontece em diversos projetos multidisciplinares, a presença de um fotógrafo justificou-se pela necessidade de registar as diversas etapas da investigação, do planeamento e da execução do ventilador. Mas não só. Pensou-se especificamente no Augusto Alves da Silva, pela sua visão particular, marcada por um realismo analítico e crítico, e uma linguagem formal de grande rigor técnico, ferramentas que usa, como um cientista, para refletir sobre os grandes temas da nossa civilização.

Durante esses cinco meses, em que o fotografo fez parte da equipa do CEiiA, não se limitou a registar o projeto, acompanhou o dia-a-dia de todos aqueles que trabalhavam na instituição, tentando não ser invasivo e captou o contexto único da vida em pandemia. A sua imersão e entrosamento foi de tal forma que, neste livro, aparece na “única selfie da sua vida”.

Esta obra não pode ser dissociada da conjuntura em que foi realizada, nem do espaço em que foi concebida. É mais que um registo fotográfico, é uma leitura deste tempo. Este é um livro que conta uma história, mas não tem um início, meio e fim. Pode ser “lido” a partir da página em que se abre ao acaso, e foi paginado para ser de leitura fluida, quase como um filme, ou um rolo de película fotográfica.

O Augusto fotografou, nos espaços arquitetónicos a ausência da presença humana, e captou a tessitura das relações humanas neste espaço social em que o distanciamento impera: o ‘novo normal’, como o distanciamento social, a higienização das mãos e a obrigatoriedade do uso da máscara. Inspirar e Expirar, em segurança.

Este projeto é um Retrato do conhecimento e da ciência ao serviço da comunidade.

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